Nosso lindo mundo

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domingo, 5 de junho de 2011

Aquecimento e CO2: a pré-história nos revela más notícias


Há milhões de anos, grandes e súbitas emissões de dióxido de carbono na atmosfera provocaram um aumento da temperatura global de quase cinco graus centígrados. A notícia ruim é que atualmente o ritmo de emissão de CO2 é pelo menos cinco vezes maior.
Há 56 milhões de anos aconteceu este brutal episódio batizado pelos cientistas como Máximo Térmico do Paleoceno-Eoceno (PETM).
 
As causas continuam um mistério, mas os cientistas concordam que foi gerado por fortes emissões de CO2, considerado um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa, e que resultou em um brusco aquecimento do clima de cinco graus no período de 10.000 a 20.000 anos.
 
Um fenômeno que foi a origem de profundas mudanças ecológicas em nosso planeta e suas formas de vida, afirmam os especialistas, que consideram o PETM como um episódio similar ao que poderia acontecer nas próximas décadas.
 
No entanto, naquele momento foi necessária apenas uma "pequena fração" do CO2 gerado atualmente pela humanidade para chegar a este resultado, afirma o estudo publicado na revista britânica Nature Geoscience.
 
"Estamos injetando CO2 na atmosfera a um ritmo quase 10 vezes mais elevado que a média durante o PETM. Isto significa que o sistema climático deve atualmente adaptar-se a perturbações muito mais intensas", resume um dos autores do estudo, Lee Kump, geólogo da Universidade da Pensilvânia (EUA).
 
Segundo as projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, o aumento de temperatura até o fim do século XXI oscilaria de 1,8 a 4 graus na média, e pode alcançar 6,4 graus, segundo as estimativas de emissões de gases de efeito estufa.
 
"A vida é tão sensível à rapidez das mudanças que sofre com a amplitude destas mudanças. Em consequência, o consumo de energias fósseis está provavelmente alterando os ecossistemas de todo o planeta como poucas vezes aconteceu na história da Terra, e com certeza como nunca ocorreu durante o PETM", destacou Kump à AFP.

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